quinta-feira, julho 31, 2008

Dos milagres e projetos



Ando levando uma boa vida.
Trabalho oito horas e vinte minutos por dia, seis dias por semana e folgo um domingo por mês. Recebo em dia o salário, a caixinha e o passe.
Ainda mudei de horário, agora trabalho de dia (veja só!) posso fazer qualquer coisa das quatro da tarde até às dez da noite.
Se acreditasse em milagres diria que este é um.
Nunca mais tinha visto leis trabalhistas funcionando desde que escolhi ir pra cozinha em 2005.
É o fenômeno "casa grande e senzala"!

Rodrigo sai comigo pela manhã e fotografa todas as coisas que existem em todos os becos do centro desta cidade. Tá ficando legal.
Eu fico preocupada, claro, sair com uma câmera na mão pelo Glicério não é uma tarefa das mais sensatas quando não se quer ser assaltado.
Já avisei, como uma mãe que alerta o filho do perigo, que podem lhe roubar a câmera que nem mesmo é dele, foi emprestada pelo pai.
Mas no fim desisto de me preocupar, ainda que lhe roubem a câmera, ela seria levada fazendo o melhor que alguém poderia fazer com ela.
Eu bem sei.

quinta-feira, julho 17, 2008

Faz tanto tempo que não escrevo (nem mesmo no caderninho que habita minha cabeceira) que sinto um estranhamento batendo os dedos nas teclas.
Mas, raios, escrever não é uma das coisas que eu mais gosto de fazer na porra desta vida??
Porque então eu entro aqui esperando o post novo que eu não escrevi??
Ando preocupada demais com os resultados e me perdendo nos caminhos.
Nunca precisei ir em centro espírita pra saber que o que importa é só isso, o caminho.
Então fodam-se os fins! Todos eles!

Uma curva mal feita, um dedo no gatilho ou mesmo uns rancores concentrados na pleura podem acabar com tudo agora mesmo, neste minuto. E eu terei perdido dias e dias da minha vida fazendo qualquer merda, me ocupando das inseguranças, me sentindo toda ocupada mesmo estando absolutamente vazia.

Se minha avó lesse isso, diria: "Ah minha filha, pra morrer basta estar vivo".
Ela é sábia.