sala D
Foi estranho demais ver seu nome na placa do velório.
Eu ainda sou aquela menininha que te admirava cozinhando, ansiosa pelo almoço sempre delicioso que suas mãos cheias de cicatrizes me entregariam.
Ainda mato o tempo no quintal, brincando no meu fogãozinho vermelho, a espera dos seus sabores.
Choro quando você, apressada, não me leva à feira.
E saltei da cama ouvindo sua voz me dizendo: "ah, minha filha, pra morrer basta estar vivo."
Aqui dentro você é imortal.
Eu ainda sou aquela menininha que te admirava cozinhando, ansiosa pelo almoço sempre delicioso que suas mãos cheias de cicatrizes me entregariam.
Ainda mato o tempo no quintal, brincando no meu fogãozinho vermelho, a espera dos seus sabores.
Choro quando você, apressada, não me leva à feira.
E saltei da cama ouvindo sua voz me dizendo: "ah, minha filha, pra morrer basta estar vivo."
Aqui dentro você é imortal.