sexta-feira, setembro 12, 2008

Das marés e escolhas

Durante a maior parte da minha vida eu fui levada, ou melhor, eu me deixei levar pela maré como um pedaço de barco boiando num mar de ressaca.
As ondas me jogavam pra fora e me pegavam de novo, me arrastavam pela areia ou me jogavam pro fundo como bem queriam.
Eu, assim como uma madeira velha e inchada de água, me deixava ir e vir como se essa fosse a única alternativa. Como se eu só pudesse esperar ser despedaçada em mais e mais pedaços até que eu me acabasse de vez e não fosse nem mais uma madeira velha e inchada de água de mar.
Nada.
O nada.
Acho que me toquei recentemente que eu tenho poder de escolha sobre a minha vida. E, ainda que haja um super-degelo das calotas polares e a terra fique inundada eu posso nadar pro lado que eu escolher. Talvez eu não chegue exatamente onde eu quero (são coisas) mas eu não vou ficar soterrada pela areia apodrecendo.
Essa... essa não é a minha escolha!

5 Comments:

Anonymous Anônimo said...

GENIAL!
eu recentemente percebi a mesma coisa...
bjo.

9/15/2008 2:22 PM  
Blogger Ancorada said...

Boa metáfora :)

Beijo e saudades. Só irei em Sampa no final do ano mesmo...

9/15/2008 2:50 PM  
Blogger Carol Helena said...

Edson, desculpa responder com essa pergunta mas não dá pra deixar passar: e onde estão as suas escolhas??

9/15/2008 8:33 PM  
Blogger Carol Helena said...

Te espero no fim do ano então! Dessa vez não estarei louca atolada de panetones! rs
Beijo.

9/15/2008 8:35 PM  
Anonymous Anônimo said...

carolina,
minha maior escolha, até agora, foi fazer algumas musguinhas e querer continuar a fazê-las...
mas, aqui dentro, ainda quer nascer um poeta.
bjo.

9/16/2008 3:34 PM  

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