sábado, maio 03, 2008

Vida de Bipolar

Ontem fui negociar meus três meses de aluguél atrasados na imobiliária.
Dia chuvoso com direito a trânsito no ônibus claustrofóbico e tudo.
Molhei meus pés através do furo do all star que já está mais pra lá do que pra cá - nem comento sobre minhas três únicas calcinhas que fica mal escrever sobre isso aqui.
Agora uso as calças de Rodrigo, ele tem umas seis ou sete enquanto eu furei a minha útima dia desses - na riqueza e na pobreza, meu bem.
Mas tudo isso não era nada diante do convite pra almoçar do meu sogro.
Fomos ao Mocotó nesta tarde ensolarada de céu azulzinho.
Dia incrível, nem me lembrei das calças um número maior, nem do All Star ainda úmido.
Esperamos mais de uma hora por uma mesa, os preços aumentaram em média cinquenta por cento e a modernidade começou a tomar espaço.
Antigamente, o lugar era simples e acolhia os trabalhadores da obra ao lado, por exemplo.
Hoje, o chef (filho do proprietário fundador) fica passeando de dólma pelo salão, pagando de celebridade - tem gente que pede autógrafo. Uma parede inteira de recortes com entrevistas e matérias sobre o lugar. É o "efeito guia", saiu no guia, todo mundo vai, mesmo sendo da putaqueopariu da Vila Medeiros!
Mas cara, eu tiro o chapéu, comemos e bebemos muito bem por quarenta reais por pessoa.
Aquele lugar é mágico. Como sempre o Seu Zé, fundador do restaurante, estava lá e cnversamos um pouco, ele ofereceu uma cachaça 1970 como cortesia...
Afinal, pensando na moderrrnidadi toda que assolou o local, somos frequentadores das antigas, apesar de eu só ter conhecido o mocotó há dois anos.