domingo, junho 03, 2007

Margens

Fico aqui pensando em como as pessoas se isolam, criam grupos e sociedades mas vivem na mesma bosta de qualquer jeito.

Eu sempre fui “galinha“, “dada“ e esses elogios ótimos que mulheres desprovidas de bloqueios sexuais recebem.

Esses dias tava conversando sobre sado-masoquismo com um conhecido e ele me diz que na verdade SM não tem nada a ver com sexo. Quer dizer, existe um clube, e só lá e naquelas condições, existindo um “mestre“ e outro alguém que gosta de receber chicotadas e afins, é que se caracteriza uma relação SM.
E fim.

Honestamente, opinião de quem já recebeu chicotadas e gostou pra caramba, o prazer pela dor física vem do sexo.

Mas essas pessoas todas vão nesse lugar e lá não existe sexo e aquilo tudo não tem nada a ver com sexo. Lá, eu seria “a maior galinha“. Como do lado de fora, como no colégio de freiras.
Engraçado.

Então, ou você é “artista marginal“ ou você é artista e vai no Jô Soares.

Se você faz teatro na praça Roosevelt, você é marginal e não tente convencer as pessoas do contrário, elas são incapazes de entender.

Você tem que entrar num grupo, fazer algo pre-estabelecido.
E mesmo se você não fizer, talvez você já esteja fazendo.
É aquilo, mesmo não sendo, junto com todos aqueles que também não são, já existe um grupo que, de alguma forma, segue regras.

Será que a espontaneidade ainda existe?

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

de uma galionha pra outra, acho estamos bem melhor do lado de fora dos clubinhos... ou pelo menos tentando ficar do lado de fora... Bjos, boa semana, Carol!

6/04/2007 9:11 AM  

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