segunda-feira, março 31, 2008

Flashblack

Só pra lembrar de Virginia (ela sumiu de novo) que sempre diz: "se malbec fosse bom chamaria bombec".
Ela tem razão.

Agora, mudando de uva pra malte...

Segunda-feira estava tentando combinar com uma amiga de beber uma cerveja (calma ainda não cheguei no malte) e estava contando a ela o quanto a minha rotina é na verdade uma não-rotina quando meu chef ligou e disse: "Amanhã, às oito aqui, vamos trabalhar a semana toda"
É sempre assim: acabou a semana, acabou a cerveja no final da tarde na Lapa, acabaram aquelas idéias todas pro livro, acabou tudo na minha vida fora trabalhar que nem camelo mais de doze horas por dia a semana toda.
Tenho que me internar na cozinha e colocar os tampões de ouvido pra conseguir sair ilesa daquelas pessoas cheias daquelas conversinhas.
Na verdade acho que não saio, mas daí é outro caso.
O caso de hoje é que, vamos lá, eu confesso que se embebedar de black label e acordar linda no dia seguinte, sem o menor resquício de ressaca não é nada mal. Ainda mais quando o black veio "gratuitamente" do evento que eu me fodi de trabalhar.
Ainda consegui fazer um mamá, transferi um pouco do delicioso líquido pra uma garrafinha de 500 ml (de água) que eu tinha na bolsa - pode dizer o que quiser, eu nunca poderia gastar mais de cem reais por uma garrafa de uisque, por melhor que ele seja.

Tentei ligar pra Virginia pra contar que os garçons e maîtres do evento tomavam black com refrigerante e ainda diziam que eu era bebum porque tomava puro.
Coitadinhos, não conseguem apreciar um black.
Eu respondi, disse que tinha gelo, uísque puro é sem gelo, a la Fernanda D`Umbra.
Eles ficaram me olhando com aquelas caras de panacas deles, e como sempre, eu não ligo.