segunda-feira, agosto 13, 2007

Eu olho o lago negro
do lado negro
e gostaria
mas não sei fazer poemas

Odeio quando os sentimentos se misturam assim, quando chego a esse ponto de não saber mais o quê e quero escrever um poema pra ver se sai essa coisa do meu peito - e porque sinto tanto??
Do nó na garganta ficar tão apertado que não consigo ler o guia da semana.
Dos dias com gosto de queimado porque me esqueci de desligar o forno que gratinava minha vida.

Nesses dias eu odeio muitas coisas...
E não paro de pensar porque as pessoas usam salto e channel nº 5, ou porque gostam de cheddar, ou porque pagam fortunas num carro e correm bêbados por aí.
Vocifero contra o mundo, como se isso fosse mudar alguma coisa dentro de mim.
E vem uma amargura do tamanho de um navio feito em cinzas dentro do meu peito.

E continuo sem entender a amargura: um sentimento tão ruim e começa com “amar“.
Ainda sou tão criança nesta vida...

Talvez eu devesse virar alpinista.

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Haha...um cão foi ótima.
Somos eu, meu ex, e nosso filhinho João, de quase três anos. Acabamos de nos separar, é foda. E olha que eu também "às vezes me sinto tão criança"...adoro seus escritos.
Valeu pelas palavras.
Marina F.

8/14/2007 10:54 AM  
Blogger Marina F. said...

Carolina, eu sei sobre a Bisteca. Já li posts em que ela comia chinelos, coisa e tal. Olha, ter filhos é abdicar de muita coisa, sem dúvida. Mas nada daquilo que a gente pensa. Na verdade, minha vida ficou ainda mais intensa, fiquei até mais forte - lancei livro, fiz duas peças, melhorei de vida. Os 28 também me fuderam, essa porra de saturno. Mas vai ficar tudo bem.
Valeu a troca.
bjo.
MF

8/14/2007 5:22 PM  
Blogger Marina F. said...

Carol, vai hoje na Roosevelt assistir a peça do Paulo F.? Seria bacana conhecê-la.
beijo.
Marina F.

8/16/2007 5:08 PM  

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