segunda-feira, fevereiro 20, 2006

A mais nova epidemia

Acho que o mundo está cada vez mais alucinado, e eu estou ficando alucinada junto.

Ontem estava jogando sinuca de fichinha (meu esporte preferido) com o Robledo na sinuca do Ibotirama - um boteco limpinho que freqüento desde que o BH (pra quem conhece a região do centro de São Paulo) reformou e ficou muito mais caro porque só vende long neck. Um programinha básico como encher a cara e comer X-salada lá ficou quase uma fortuna. Por esse motivo mudamos pro Ibotirama, que na parte de cima ainda tem uma sinuca.

Informação importante: a sinuca do Ibotirama tem apenas três mesas de fichinha e é meio concorrido conseguir jogar, já que se tornou um local de badalação dos povos modéééérrrnos que agora habitam a região da Augusta.

Então, estava eu lá, jogando uma sinuquinha de ficha, tomando cerveja com amendoim de saquinho, quando apareceu um povo meio estranho - tá, nada contra “povos estranhos” o problema é que esse “povo estranho”, no qual os integrantes eram moças trabalhadoras da rua Augusta e seus pares (não pense que putas mantém casos com cafetões, elas namoram mulheres-macho - deve ser difícil trabalhar numa coisa e depois chegar em casa e ter que ver a mesma coisa todos os dias da sua vida!) começam a te achacar. Sim, achacar!

Veio uma dessas moças, educada até, e perguntou quantas fichas nós tínhamos.
Eu respondi educadamente também: “Duas”
Depois veio um manézinho e perguntou pro Robledo quantas fichas nós tínhamos - comecei a achar que se tratava de alguma espécie de gangue que rouba fichas de sinuca.
Então, veio uma mulher e (só olhando mesmo nos olhos da garota pra saber que ela era mulher porque parecia mais um moleque magricela desses que usam camisas largas de pagodeiro e cometem atrocidades com a língua portuguesa! – Gente fina!) invadiu meu espaço, chegou BEM perto de mim e falou a frase do dia: “quantas fichas vocês têm?”

Bom, preciso dizer que perdi a paciência?
Eu quase, quase, por muito pouco não disse: “Ei, lembra da tia do Jardim I? Então, mantém um braço de distância, por favor?” – mas eu apenas respondi rispidamente: “MUITAS!”

A coisa não parou por aí, mas não quero relatar o resto, não vale a pena.

Moral da História: O mundo está cada vez mais alucinado, as pessoas estão cada vez mais sem paciência.

O mundo urge, quer tudo na hora, pessoas desrespeitam as outras, invadem os espaços alheios e ainda acham que estão coma total razão.

Olha, não estou dizendo que eu não cometo atos de impaciência, pelo contrário, acho que se existisse um spa de paciência eu me internaria agora mesmo!

Tá aí, uma boa idéia de investimento pra quem quer ganhar dinheiro, um spa de paciência. Em breve os cientistas estarão falando da mais nova “doença” da humanidade: a falta de paciência.

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Cafés da manhã, fodas e salários

Cansada de blogger.com.br roubar meus arquivos e me foder a valer, resolvi finalmente fazer um blogspot.
Demorei, eu sei!

Falando em foder, ainda não recebi daquele restaurante no qual a dona, aquela vaca uruguaia, não quer me pagar. Eu sei que deveria escrever uma carta pra Folha de São Paulo arregaçando aquela fulaninha ególatra de fala atravessada, mas não sei porque não consigo, abro a merda do Word e fico olhando pra ele, branco, branco, branco... Odeio branco!

Fodida por um fodida por mil: Sábado passado eu e meu namorado, entramos no Café e Bistrot Paraná, perto de casa. Ele queria um suco de laranja e um Bauru, eu queria um pão com manteiga na chapa com um Toddy gelado batido.
Um café da manhã de pobre, coisa simples, não queria croissans com geléria de abricó, não pedi filé mignon, não pedi foi gras, não pedi chocolate belga, só queria uma merda de chocolate em pó batido com leite numa merda de um liquidificador e uma bosta de um pão com manteiga na chapa, umas laranjas espremidas e queijo com presunto e tomate, é pedir muito??
Pois então, acho que foi. O Toddy, como em muitos outros cafés de São Paulo, veio com sorvete batido – odiável! O suco de laranja veio direto da caixinha. O Bauru e o pão com manteiga na chapa vieram (pasme!) direto do microondas!
Foi um café da manhã super agradável.
E depois de dizer que eu não comeria aquela inhaca muxibenta ainda ficaram me oferecendo insistentemente grelhados com salada.Tudo bem que eram três da tarde, mas eu só queria meu café da manhã, afinal tinha trabalhado até tarde no dia anterior!
Não queria grelhado com salada, tão pouco umas torradinhas horrorosas cheias de alho e orégano que vinham de couvert e que todos os garçons que passavam, querendo agradar, colocavam na nossa mesa. Tivemos que pedir encarecidamente que eles tirassem aquilo de vez dali, e mesmo falando que nós não iríamos almoçar, os garçons não entendiam que nós só queríamos tomar uma porcaria de café.
Também não havia nenhuma torta ou quiche que são comuns em cafés, agora eu pergunto: Porquê raios existe “café” no nome da porcaria do estabelecimento???
No fim, fomos à padaria tosca mais próxima e comemos gororobas de padaria tosca.
Muito melhor!