sexta-feira, abril 25, 2008

Virada

Sábado eu trabalho o dia inteiro mas fujo pra assistir Cesária Évora.
Neste mesmo palco às 3hs da manhã haverá apresentação dos Mutantes, a qual eu não vou porque não dou "ibope" pra quem precisa pagar o geriatra. Eu adoraria ter visto Mutantes na década de 60, eles estão um pouco atrasados, pula.
Depois vou assistir Histórias de Cozinha No Cine Olido
Às 2hs, Marcelo montenegro lê suas belíssimas poesias na Casa das Rosas
Às 11hs da manhã vou ver Overcoming Trio

quinta-feira, abril 24, 2008

Ato Falho

Preocupada com um amigo escrevo um e-mail perguntando como ele está e sem querer o mando pra minha própria caixa postal.
A questão é óbvia, deveria perguntar à mim mesma se estou bem.
Mas não pergunto porque a resposta é negativa.
Então fico assim, sem saber que não estou bem.
A ignorância é uma bênção.

terça-feira, abril 22, 2008

O óbvio

Estou com uma crise de sinusite, de novo.
E muito forte, muito.
Penso sobre as causas disso...
Penso, penso e penso.
Chego a uma conclusão (não que eu acredite nela):
A psicossomática (quem inventou esse nome?) diz que quem tem inflamações na garganta não consegue falar algo, quem tem dores de estômago não consegue digerir algo na vida.
Concluo que quem tem sinusite não consegue sentir o cheiro de algo.
Muito óbvio, o mundo fede.

sábado, abril 19, 2008

Do baú

Dia desses uma amiga me mandou um e-mail dizendo que precisava de uma fotografia antiga de uma família numerosa, com muitas crianças.
Ao final estava escrito: "paga-se bem"
Corri pra casa do meu pai ver se conseguia uma foto dele com os onze irmãos ou uma foto minha com meus 26 primos. Achei algumas coisas e uma das minhas fotos foi pra "final". Mas acabou que outra foto foi escolhida pelo chefe da minha amiga.
Fiquei sem a grana mas descobri coisas valiosas que ficaram esquecidas naquele baú na casa do meu pai - sim, ele tem um baú com fotos!


A bebê é minha irmãzinha Elisa, a boneca mais amada que já tive!
O abraçado é meu querido papai.
Essa praia aí atrás é Juquehy em aaaalto verão, estava abarrotada de gente, e a Rio-Santos tinha sido recém inaugurada naquele ano.
Isso tudo entre meus 3 e 5 anos de idade.
Eu caí e quebrei o dente de leite com 3 anos, ele caiu com raiz e tudo e eu fiquei anos com uma janelinha.

Ainda tem muita coisa pra escaniar, em breve coloco fotos da minha cozinha de mentirinha.

terça-feira, abril 15, 2008

Alta mutação

Existem alguns textos do João Cabral de Melo Neto sobre como ele achava a música uma expressão ditadora, já que quem estiver por perto é obrigado a ouvir, não podemos fechar os ouvidos - eu comecei essa história e agora vou acabar então vou contar assim bem mambembe mesmo, sem nem deixar um link pra algum desses textos porque eu nem sei onde encontrá-los agora.

Concordo com ele.
Eu gosto de música, muito, mas às vezes as coisas podem se tornar chatas, confesso.
Já passei muito mal em shows com bateristas surtados, baixistas e guitarristas querendo fazer de seus instrumentos armas mortais e percebo que as pessoas adoram.
Tem muita banda legal que faz shows mais barulhentos pra poder se encaixar nas noites badaladas da cidade.
Pra mim é absolutamente impossível assistir a um show desses.
Tem alguns que vou com tampões de ouvido. Se não fico mal, minha cabeça começa a girar e eu sinto uma dor e um enjoo dos infernos além daquela insatisfação de sempre, o "não precisava disso".
O que acontece é que eu sou sensível, não adianta derrubar o saleiro no prato que isso não acrescenta sabor, pelo contrário, só vai deixar salgado e evitar que se perceba os sabores dos ingredientes que compõem aquele prato - além de poder matar um hipertenso. O sal é necessário numa quantidade certa. Mas assim como tenho que mandar ver no sal lá no meu trabalho porque as pessoas são insensíveis o bastante pra não perceber muita coisa, também são insensíveis pra fazer e ouvir um som "baixo" e minimalista, pior ainda se ele for triste. Nem vou entrar na questão do (mau) gosto, isso fica pra outro dia (ou nunca), agora vou terminar a história do poeta modernista:
Ao final da vida ele ficou cego, não saia mais de casa e impossibilitado de escrever ou de trabalhar como arquiteto passou a ouvir música em um radinho a pilhas, música clássica.
Reza a lenda que ele morreu com o radinho na orelha.
Eu acho essa história linda, porque através das impossibilidades ele se deixou sensibilizar pelo que teve preconceito pela vida inteira. Uma história incrível, assim como minhas músicas preferidas, lindas e tristes.
Só que não consigo deixar de pensar que na verdade isso foi só uma história inventada pra deixar tudo mais poético, penso que na verdade o radinho transmitia um jogo classificatório do Santa Cruz contra o Náutico.

sexta-feira, abril 11, 2008

Demônio K

Eu fico feliz quando tenho a oportunidade de ler DK de novo.
Ele é um dos meus escritores preferidos mas nunca publicou um livro, apenas mantém blogs e os mata de tempos em tempos.
Além disso, nunca deixa arquivos nos blogs.
O que escreve dura até o próximo texto publicado, e assim por diante, para o meu (nosso) desespero.
A partir de agora vou salvar tudo e encadernar pra colocar na cabeceira...
Difícil ser fã de um escritor serial killer - da própria obra.

quarta-feira, abril 09, 2008

Dedoff

Preciso restartar o meu cérebro.
Encontro as pessoas e nem sei o que digo a elas.
Na verdade começo a dizer algo e logo depois me esqueço completamente porque estou dizendo aquilo.
Esqueço as coisas no forno, deixo a sopa pegar no fundo da panela, erro o sal...
Não aguento mais ter que colocar azeite de trufa em tudo porque meu chef vende um cardápio cheio de coisas com "aroma de trufas negras", entre outras aberrações da modinha gastronômica.
O ônibus demora uma hora e tanto pra andar cinco quilômetros.
Ontem, no final da viagem presenciei um assalto e acabei com o celular da assaltada na mão porque o cretino do assaltante o deixou cair no meu pé. Liguei pra alguns números tentando avisar que fiquei com o aparelho e um isqueiro mas pelo visto as pessoas têm medo de ser assaltadas pelo telefone e desligaram na minha cara.
No fim, percebi que estava mais preocupada com o resgate do aparelho celular do que a dona dele.

Eu ando preocupada demais com o mundo e ocupada de menos com minha própria vida que está com amnésia e se esqueceu do caminho que deveria fazer.

terça-feira, abril 08, 2008

Dia de banho

Neste próximo Domingo eu saio do banheiro para o palco, vou cantar na banda do marido.
Fazer uns backings e cantar uma ou duas músicas com ele.
Minha participação não é nada demais (claro, não passo de uma cantora de chuveiro), mas eu normalmente estaria roendo até os cotovelos de medo e ansiedade e não roí nem a unha do mindinho até agora.
Acho que ainda não me dei conta que vou cantar pra umas 70 pessoas.
Mas tô aqui pensando (a teoria é boa) que é só fechar os olhos e pensar na água caindo.

Pra quem quiser saber como canto na hora do banho é só dar uma passada neste Domingo na Folk This Town, que acontece no bar Santa Augusta.
O serviço certinho eu passo depois.

segunda-feira, abril 07, 2008

"Uma pessoa cem porcento feliz é a priore uma pessoa louca"

Dizem que essa frase aparece por aí em livros de auto-ajuda, mas Adriano jura que a primeira pessoa que disse isso foi Rodrigo em mil novessentos e coca-cola retornável.


***

Dri, desgruda do Hattrick/Orkut/qualquer-coisa-pra-distrair e vai escrever!

terça-feira, abril 01, 2008

Eu poderia escrever um livro inteiro só pra te agradar.
Escreveria sobre minhas noites de sexo, drogas e música pra boi dormir.
Você me indicaria pros amigos como uma nova escritora.
Diria que sou genial só porque plagiei os beatniks camuflada em histórinhas de menina junkie sem nada pra dizer.