domingo, novembro 30, 2008

Tudo de bom

sexta-feira, novembro 28, 2008



EDSON & THE BLACK HORSES
No projeto Música com Sabor, a banda apresenta um folk gótico que busca referência nas melodias tristes de artistas como Nick Drake e Tindersticks. Os arranjos minimalistas das canções do EP "Blossoms", lançado em 2007, incluem o violão e a voz de Rodrigo Sommer, Carol Helena no pandeiro e nos vocais, Alê Y. no clarinete e o acordeom tocado pela cantora e compositora recifense Lulina.

Domingo, 30/11, a partir das 17h

Café Elétrico
rua Francisco Estácio Fortes, 153, Pacaembu, tel. 3662-4958
R$ 3 (couvert artístico)

É isso aí folks, espero vocês lá!

Love comes to me

Ontem pela manhã fui a mais uma sessão de terapia e saí triste, como sempre, me sentindo imcompreendia. Nessas horas pareço uma adolescente, como se ninguém pudesse me entender - a psicóloga, assim como o resto do mundo, também não me entende.

E é mágico quando me deparo com semelhantes.
Ontem eu e Rodrigo voltamos pra casa sem palavras do show do Will Oldham.
É transparente o quanto aqueles caras se divertiram e tocaram e cantaram com vontade, uma vontade parecida com a que eu tinha de estar lá ouvindo.

Eu não nasci pra ter uma profissão, pode parecer a coisa mais brega do mundo, mas tenho muito amor pra dar aqui de dentro.
Eu não sei ir todos os dias pra um lugar que não é exatamente onde me sinto bem e não é o lugar onde eu posso dar esse amor, mas tenho que ir porque me pagam. Não.
Eu já tentei mil vezes e não consigo me imaginar comandando uma brigada de cozinheiros num restaurante. Isso seria o auge da carreira de um cozinheiro e eu deveria querer muito isso, mas não quero.
Quero ter minha cozinha e trabalhar sozinha ou com poucas pessoas que pensam e agem como eu. E querem fazer aquilo da melhor forma possível.
Não acho que esse meu jeito de encarar as coisas é o certo ou o errado, simplesmente é o meu jeito.

Mas voltando ao show de ontem, que é sobre o que quero dizer, foi uma das experiências mais incríveis da minha vida.
Aquelas músicas me fizeram lembrar meu cotidiano com Rodrigo, ouvimos muito esse cara aqui em casa.
Fiquei lembrando a coletânea dele que Rodrigo gravou pra mim logo que começamos a namorar, o meu apartamento na 9 de julho, nossa mudança pra esse apartamento, o dia em que organizamos os livros na nossa estante - nós juntamos os livros e não os trapos.
E tantas outras coisinhas que são as que realmente importam nesta porra de vida.

Eram apenas dois violões e duas vozes, Will Oldham e Emmet Kelly.
Eles não subiram ao palco com um set list preparado e mais pro final do show comecaram a tocar as músicas que eu e Rodrigo gritávamos pedindo - tocaram todas as que queríamos ouvir e tocaram também as que Carlos Carah pedia gritando loucamente em frente a eles.
Eu também estava bem próxima ao palco, na verdade sentada nele, cheguei antes pra ver bem de perto. Foi mágico.
Emmet vai dos graves aos agudos lindamente, Oldham e ele cantam e tocam com muita vontade, querendo fazer aquilo da melhor forma possível e só pararam quando ficaram nítidamente cansados.

Aqueles dois caras tocando aqueles violões e cantando mudaram a minha vida.

domingo, novembro 23, 2008

Eu tentei, e tento muito não ser consumista.
Tento não querer muitas coisas e não pensar nas coisas que me faltam, porque elas são só coisas, e sei que no fundo nada disso faria muita diferença na minha vida.
Tento não pensar que eu só tenho uma calça que fica bem em mim porque as outras duas foram her-dadas dos amigos.
Tento cozinhar feliz na minha cozinha, sem me importar com os equipamentos que me faltam.
Eu cozinho bem apesar disso, faço coisas gostosas, crio coisas gostosas também, mas no final tudo poderia ter saído um pouco melhor, mais bonito, tudo tem algum defeitinho.
Principalmente na confeitaria porque eu não tenho equipamentos pra fazer as coisas como elas deveriam ser.

Preciso de uma balanca digital, um termômetro, um termômetro de forno, um mixer, formas redondas com fundo removível, balls de inox, peneiras de metal, peneira de farinha, um chinoir, um passa pomodori, um cilindro de massa, uma batedeira planetária que bata massas pesadas e um móvel que dê pra colocar frutas e raízes que não gostam de umidade.

Acho os consumistas uns imbecis que precisam comprar coisas inúteis pra ter alguma alegria na vida.
Não quero isso pra mim, não quero comprar coisas por comprar.
Não queria precisar tanto dos equipamentos.
Não queria ser tão exigente comigo mesma.
E odeio ter que assumir, mas a verdade é que eu não aguento mais viver sem dinheiro!
Pronto, tá dito e eu vou publicar pra não me esquecer, embora você passe a me achar uma idiota depois de ler isso.

quarta-feira, novembro 12, 2008

Se eu fosse você leria isso.

Se eu fosse eu também, que eu bem que ando precisando de um incentivo pra continuar a ser um dromedário feliz no deserto.
Ando mais é pra burro velho e cansado...