domingo, novembro 18, 2007

Página da Uol

Ciclone em Bangladesh.
Foto de dois ursos polares que foram chipados, tratados por cientistas e devolvidos de helicóptero naquelas redinhas em seu habitat.

Eu fiquei preocupada com os ursos voando em redinhas. Pobrezinhos dos ursos, será que estão bem?
Rodrigo se preocupa comigo porque não ligo pra dez mil que morreram em Bangladesh com um ciclone mas fico alucinada com ursos polares sobrevoando algum lugar gelado...

Acho que se fosse um buraco no metrô em Bangladesh que matou três, eu acharia um absurdo, mas um ciclone, fazer o quê?
Além do mais, se caísse uma raio numa árvore em Bangladesh pelo menos duzentos teriam morrido.
É o país com maior densidade demográfica do mundo, ou era.

segunda-feira, novembro 12, 2007

Meu contador do blog me reserva surpresas.
Alguém da cidade de Upper Marlboro, Maryland, USA - seja lá onde isso for - traduziu uma página do blog no google translate.

Virou:


“DRAMATIC MUJER

A woman who is tired of psychologists, psychiatrists, parents of saint, priests and the like. Blogging is free and One would be to make pajamas!“


O post traduzido era um sobre o Haruki Murakami.
Hilário.

sexta-feira, novembro 09, 2007

Não faça com os outros...

A pergunta que não quer calar é: Eu não fiz ninguém passar por isso, porque sempre tem um que quer me ver travestida, com dor de cabeca, dor nos pés, mau humor...?

Fomos convidados para um casamento e nossa presença é obrigatória.
Costumo sempre dar aquela desculpa do “é que eu trabalho no sábado à noite“. Rodrigo vai sozinho que ele tem mais saco e pt-saudações!
Mas dessa vez eu fui coagida, tenho que ir. A mãe do noivo é uma tia muito legal do Rodrigo, pega mal demais usar a mesma desculpa, que na verdade quase nunca é desculpa. De qualquer forma, tenho que ir, a família me tirou todos os possíveis obstáculos. Vão pagar o hotel, teremos carona até lá, e fomos abolidos da lista de presentes dos noivos. Só faltaram dizer: pelo amor de deus venham ao casamento!
Fazer o que? Eu vou.

Tô gastando 32 paus entre sapateiro pra consertar uma velharia que eu tenho desde os 15 anos e lavagem de terno do Rodrigo, o que já tá caro pra ter que ouvir axé e pérolas do pop a noite de sábado inteira.
A noiva é uma mocinha da high society campinera, o casório é chique e eu não tenho esse tipo de fantasia no armário. Recorri a uma amiga e o vestido parece escolhido e comprado na loja por mim, já que caiu super bem e deixa a cabeça do dragão estratégicamente de fora. Só não contava com um tecido tão brilhante, ele é marrom e BRILHA, ou seja, não combina em nada com meu conjunto de sapato e bolsa de verniz preto - que está agora na sapataria do tio que parece o Gepeto do Pinóquio na versão da minha cabeça.
Porém me nego a espremer meus pézinhos em outro sapato. Eu calço 39, mas sempre tem uma amiga desapegada e bondosa que tem um sapato lindo que combina com a fantasia que consegui arranjar, só que o dela é sempre 38. Eu não caio mais nessa.

Fora isso, ainda tenho que descobrir se ainda sei andar no meu próprio salto sete, espero que seja como andar de bicicleta, já faz uns três anos que não subo num.

Tô torcendo (muito) pro jantar ser empratado, nada de buffets ou semi-empratados, quero ficar bem sentadinha, que eu não ando de bicicleta fantasiada há anos!

segunda-feira, novembro 05, 2007

Inside, outside

Eu invejo as pessoas desorganizadas.
Eu, na verdade, sou uma mulherzinha dessas que se assustam com bagunça e sujeira, apesar da minha casa às vezes parecer que foi atacada por um tufão de força três, e ter sido assim a maior parte da minha vida - a gente mostra o que tem por dentro.
Era infeliz, desorganizadamente infeliz, e agora consigo finalmente ter uma casa organizada e limpinha - ou quase - e me sinto exageradamente bem com isso.

Me lembro de uma cena de algum filme que não faço idéia qual seja - talvez algum americano alternativo dos anos 90 . Alguém vem ser apresentado à mãe de alguém e a velha diz, “desculpe a bagunça“, e o take mostra a sala impecável da mulher.
Logo pensei: caralho, quanta bagunça dentro dela.
Minha tia-avó, quem me criou, era assim, conheço bem.
São extremos.

Eu lutei a vida toda com a bagunça, e me parecia inútil, hoje vejo que consegui organizar uma parte pelo menos, as coisas andam mais afinadas, dentro e fora.
Eu invejo as pessoas que não se importam com a bagunça, elas são assim e às vezes arrumam as coisas e fazem uma faxina, às vezes não e tudo bem.
Invejo, ainda luto com a bagunça, dentro e fora.

sexta-feira, novembro 02, 2007

Bucomaxilar, gastrointestinal

Desgosto não é a ausência de gosto, é o gosto de revestrés.
Gosto ruim no fundo da língua retraída boiando em saliva, a coitada no fundo da boca, como se fosse procurada pelo traficante local.

**

Nem a melhor terrine de foie gras com o melhor champagne faria minha noite tepeêmica boa. O pior é que fui de xissa e coca GL (gelo e limão), que tiveram o descaramento de cobrar, me custou 50 cents a mais e veio com um fiapo daquele saco amarelo do limão de brinde.
O xissa? Ele dá voltas dentro de mim.